Quando tocamos um instrumento musical, há latência: há um intervalo de tempo entre o momento em que, por exemplo, percutimos a corda do violão e o momento em que o som é ouvido.
Contudo, nós não percebemos este intervalo. Há um limite que divide a latência perceptível da imperceptível. Conforme Dave Phillips,
"In the audio domain, studies have indicated that the ear is sensitive to timing differences at the millisecond level, perhaps even down to a single millisecond. However, latencies under 7 msec are not typically perceptible and are considered acceptable for desktop and semiprofessional applications. Systems achieving average latencies of less than 5 msec should be considered ideal platforms for professional latency-critical applications."Ou seja, este limite é 7 milisegundos isto é, divida um segundo em mil partes e some sete partes. É este o intervalo de tempo a partir do qual notaríamos diferenças entre o momento em que tocamos o instrumento e o momento em que o ouvimos.
Se, diferentemente, conecto meu instrumento num computador de modo a ter o som processado, há uma série de novos eventos temporais entre o evento tocar e o evento ouvir. Como são temporais, estes eventos aumentam a latência.
Se a latência no processamento do áudio for superior ao limite indicado acima e o processamento de áudio ocorrer em tempo real (isto é, o computador deve receber os dados, computá-los e devolvê-los na forma de som novamente enquanto estamos tocando) teremos um problema: a latência será perceptível. E o problema será tanto maior quanto maior for a latência, do desconforto em tocar até níveis inaceitáveis.
Daí a necessidade de se desenvolver técnicas para manter a latência no processamento de áudio em computadores em níveis abaixo do limite indicado.
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