sexta-feira, 22 de abril de 2011

Livros de Filosofia são manuais ou volta a trabalhar vagabundo

Estou, agora, às voltas com a retomada da redação de minha dissertação de mestrado e estou tentando reencontrar o fio-da-meada, algo que oriente o meu retorno ao trabalho, servindo de guia para agregar e segregar pensamentos, teses, leituras...Me ocorre que, embora talvez a Filosofia seja muitas e diferentes coisas, minha perspectiva, pelo menos o quanto me lembro dela ;), é da Filosofia como método e, portanto, de livros de Filosofia como manuais. Não importa a linguagem da superfície, se árida, aparentemente muito abstrata ou técnica, livros de Filosofia importam menos pelos resultados, pelas teses que parecem esposar, e mais, muito mais, pelo caminho que nos ensinam a percorrer. Bem, é com este olhar que estou retomando minha dissertação: o que aqueles textos que estudei, estudo e, espero, estudarei, estão ensinando a fazer? Como traduzir aparentes exposições, aparentes argumentos, no relato de uma experiência que o leitor deve fazer com o autor, a partir das sugestões nem sempre tão claras do autor (os filósofos geralmente ocupam-se pouco do desenho da melhor forma expositiva para os leitores; esculpir conceitos não é o mesmo que fotografá-los e é uma habilidade rara fazer bem as duas coisas). Retomando: como ler aqueles textos da Estética Transcendental de Kant e mostrar o que há de faça-você-mesmo neles? Enfim, estou retomando o fio-da-meada....